Cesar Cavalcante e Lucas Bettoni

Sem previsão de futuro

Os jovens de hoje terão o amanhã afetado com as mudanças da reforma da Previdência e muitos deles não estão ainda se adaptando à nova realidade

Monique de Andrade Dantas

Acessibilidade na educação: as escolas inclusivas no Rio de Janeiro

Como as escolas inclusivas e comuns precisam se adaptar às necessidades educacionais dos alunos especiais na cidade do Rio de Janeiro

Morgana Buscacio sai de casa às 6h30 com o seu carro, no bairro de Bangu, zona Oeste do Rio de Janeiro, para se deslocar ao seu local de trabalho, uma creche inclusiva da prefeitura, localizada no bairro de Campo Grande. Ela repete o trajeto casa-trabalho-casa de segunda a sexta, e retorna para a sua residência às 18 horas. A pedagoga de 37 anos trabalha como supervisora da creche inclusiva pertencente à Secretaria Municipal de Pessoas com Deficiência (SMPD) há dois anos e conhece todos os alunos, educadores e funcionários da instituição pública pelo nome. O local de trabalho de Morgana prioriza a educação inclusiva, no qual crianças com ou sem deficiência convivem sem segregação de classe. Verifica também o trabalho dos profissionais e analisa junto com as professoras o desempenho de alunos neurotípicos – termo usado para designar crianças sem deficiência – e os alunos com necessidades especiais, nas atividades extracurriculares e de inclusão educacional. “Dentro desse espaço funciona a creche inclusiva, mas a prioridade são os deficientes”, conta Morgana, em sua casa, no último dia 4 de maio. Alta e de cabelos curtos e claros, a supervisora formada em Administração e Pedagogia ama o que faz: trabalhar com educação infantil.